Na estação do inverno, a
redução da umidade do ar gera complicações para a saúde humana, como o
agravamento de sintomas respiratórios, entre eles, o sangramento
nasal. Mas o tempo seco não existe apenas nos meses frios do ano — em
algumas regiões, esse fenômeno também ocorre durante o verão.
Além desses problemas,
essa condição do clima causa irritações nos olhos e insuficiência em órgãos
vitais, como coração e pulmões. Por isso, é importante tomar algumas precauções
para diminuir os riscos.
Veja, em nosso conteúdo,
como diminuir os impactos do tempo seco em seu corpo!
Impactos
do tempo seco para a saúde
O parâmetro adequado da
umidade atmosférica deve ficar em torno de 50% e 80%. Quando fica abaixo de
30%, muitas pessoas sentem desconforto físico ou manifestam doenças. Além
disso, esse estado crítico do clima torna mais graves os efeitos da poluição,
pois a dispersão de poluentes é comprometida.
O tempo seco é
extremamente comum no inverno, uma vez que as chuvas são escassas —
principalmente, nas regiões Sul e Sudeste do país. Porém, em localidades que
enfrentam vários meses de estiagem ou sofrem com as queimadas — como o Norte, o
Nordeste e parte do Centro-Oeste —, o problema ocorre praticamente o ano todo.
Independentemente do
local em que você vive, essa condição climática desfavorável causa o
ressecamento das mucosas das vias aéreas, o que facilita o surgimento de
sintomas e doenças no trato respiratório. Também causa desidratação corporal, o
que leva ao ressecamento da pele, dermatites e irritações.
Além disso, a ausência
de umidade deixa os brônquios mais fechados, o que dificulta o fluxo sanguíneo
para os pulmões, forçando o bombeamento do coração. Devido a essa condição, o
sangue fica mais espesso, o que pode entupir vasos, causar hipertensão ou
aumentar o risco de AVC.
Principais
doenças dessa época e como amenizá-las
Existe uma grande
variedade de enfermidades que se manifestam durante o tempo seco. Conheça as
mais comuns e saiba como tratá-las.
Rinite
alérgica
Quando o corpo humano
entra em contato com agentes alérgenos (poeira, mofo, pólen, ácaros etc.),
produz defesas para que não atinjam o pulmão. Coriza e espirros, por exemplo,
são formas de eliminar essas impurezas. Com a baixa umidade, existem mais
resíduos suspensos no ar, o que irrita a mucosa nasal e causa rinite alérgica.
Um aparelho umidificador
de ambiente pode aliviar o problema. Mas é importante ter cuidado para não
usá-lo 24 horas por dia, pois o excesso de vapor d’água favorece o surgimento
de bolor e mofo, que provocam alergias. Use o equipamento apenas na
hora de dormir ou enquanto estiver no cômodo, por exemplo.
Irritações
na pele
Vermelhidão e coceira na
pele são sintomas de dermatite. No tempo seco, as impurezas presentes no ar
podem gerar esse problema. Além disso, o organismo desidratado diminui a camada
de gordura da pele, que funciona como uma barreira contra agentes externos.
Tomar líquido e usar
cremes hidratantes ajudam a evitar esses problemas, pois essas medidas
favorecem a retenção de água enquanto estamos expostos ao sol. Reduzir a
temperatura do chuveiro também previne o ressecamento.
Faringite
O ar com baixa umidade
carrega vírus e bactérias. Gripe, resfriado e
faringite são mais comuns nessa condição. Isso porque o muco das vias aéreas
fica mais espesso e estimula a proliferação desses microrganismos no corpo.
Beber de dois a três litros de água por dia e consumir frutas “aguadas”
(abacaxi, laranja, morango, melão e melancia) ajuda a manter o corpo hidratado.
Irritações
nos olhos
No tempo seco, as
impurezas podem entrar em contato com a vista e causar irritações. Coceira,
vermelhidão, dor e aumento da secreção lacrimal são os sintomas mais comuns.
Para evitar, use óculos
escuros e pingue colírios que imitam lágrimas. Antes de comprar esse
medicamento, consulte seu médico, pois algumas marcas contêm corticoide,
substância que pode prejudicar os olhos se usada de forma indevida.
Sinusite
Por fim, essa condição
climática também afeta as membranas que revestem os seios nasais do rosto,
comprometendo a drenagem do muco, que fica mais espesso pela falta de umidade. Como
o ar não circula livremente, microrganismos se proliferam com facilidade e
causam a sinusite, que é a inflamação nos seios da face.
Os sintomas dessa doença
costumam ser intensos, como dor de cabeça, cansaço, coriza espessa, febre,
sangramento do nariz e pressão na face. Cuidar da rinite alérgica, umidificar o
ar do cômodo com um balde de água, toalha molhada ou umidificador diminui o
risco de a sinusite surgir.
Como
se prevenir nesse tempo seco
Não temos o poder de
controlar o clima, mas existem diversas medidas preventivas que preservam a
nossa saúde e geram bem-estar, principalmente, quando o tempo está seco.
Conheça algumas recomendações relevantes.
Cuidados
pessoais
- Aplique soro
fisiológico no nariz e nos olhos para evitar ressecamento;
- Beba muita água
durante o dia, mesmo que não sinta sede;
- Não coloque as mãos
na boca, nariz e olhos;
- Pratique exercícios
físicos antes das 10h e após as 16h para proteger-se do sol;
- Use cosmético com
protetor solar para hidratar e proteger a pele;
- Aproveite o vapor
da água do banho para lubrificar as narinas — respire fundo.
Cuidados
com o ambiente
- Evite aglomerações
e a permanência em locais fechados e com baixa circulação de ar;
- Deixe a casa sempre
limpa e arejada. A sombra excessiva e o tempo seco favorecem a
proliferação de ácaros e fungos em móveis, cortinas, carpetes e tapetes.
Por isso, abra as janelas e deixe o sol bater por um tempo dentro dos
cômodos;
- Não use vassouras
que espalham pó por onde passam, prefira aspiradores ou panos úmidos;
- Ligue os
ventiladores de teto no sentido contrário para puxar o ar para cima.
Ligados para baixo, espalham poeira e contaminam o ar;
- Não queime lixo e
mato para não prejudicar a saúde das pessoas ou provocar queimadas.
Então, aprendeu como diminuir os impactos do tempo seco na saúde? Esperamos que sim! Basta colocar as dicas e recomendações mencionadas em prática na sua rotina. Assim, logo elas se transformarão em hábitos de prevenção que podem ser repassados.
Por Vida e Saúde