Febre, dores de cabeça e no
corpo, calafrios, tremores e muito suor. Esses são os principais sintomas da
malária. Uma doença infecciosa que pode matar, caso não seja tratada
adequadamente. O militar Denilson Alexandre, de Manaus, Amazonas, já contraiu a
doença e passou uma semana acamado.
“Foi uma experiência muito difícil. A malária realmente me ‘derrubou’.
Passei dois dias delirando de febre, com dor no corpo e, após dois dias,
consegui ir ao hospital. Fiz o exame de sangue e foi constatado que estava com
malária. Uma semana de cama, delirando, suando muito, muita dor no corpo. Uma
experiência horrível.”
Os relatos de quem já sofreu com
a doença se somam aos de quem está na linha de frente no tratamento e reforçam:
a malária ainda afeta muita gente e representa um problema de saúde pública no
Brasil, sobretudo na Região Amazônica. Nessa região ocorrem mais de 99% dos
casos no País. Apenas nos três primeiros meses deste ano, os nove estados da
Amazônia Legal registraram mais de 31 mil casos autóctones, ou seja, aqueles
contraídos localmente. Os dados são do Ministério da Saúde. O médico Bruno
Fazzolari atua no Hospital de Guarnição do município amazonense de São Gabriel
da Cachoeira. A malária ainda está presente no dia a dia da cidade, segundo o
especialista.
“Tenho paciente de 10 meses de idade que já está na sexta infecção por
malária. Portanto, no fim, a melhor saída é o conhecimento, o conhecimento da
doença, se prevenir. ”
Em 2022, segundo o Ministério da
Saúde, o total de casos autóctones de malária registrados no país foi de
aproximadamente 129 mil. O número representa redução nacional de 7,4% em
relação a 2021.
Para o responsável pelo Programa
Nacional de Prevenção e Controle da Malária do Ministério da Saúde, Cássio
Peterka, a população, os profissionais de saúde e os gestores têm papel
importante na prevenção, controle e eliminação da doença.
“É necessário que todos entendam que a eliminação da malária é factível,
ela é real e nós podemos alcançar. A malária não é só um problema de saúde
pública, causa também problemas econômicos e ambientais.”
A malária é transmitida pela
picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido
como mosquito-prego, carapanã, muriçoca, sovela e bicuda. Esse mosquito gosta
de coleções de água limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na
Amazônia brasileira.
Além de se proteger da picada do
mosquito - com medidas como uso de mosquiteiros, telas em portas e janelas,
repelentes e roupas compridas e de permitir que o agente borrife a casa, o
Ministério da Saúde recomenda: ao apresentar sintomas como dores de cabeça e no
corpo, febre e calafrios, é preciso procurar rapidamente uma unidade de saúde e
fazer o exame. Caso seja positivo, é necessário cumprir o tratamento até o
final, mesmo que não apresente mais sintomas. O Exame e o tratamento são
gratuitos no SUS.
Unidos vamos combater a malária! Saiba mais em gov.br/malaria. Ministério da Saúde, Governo Federal. União e Reconstrução.
Fonte: Brasil 61