O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) ampliou
em Mato Grosso o prazo da campanha de vacinação obrigatória contra a brucelose
em bezerras de três a oito meses. Com a alteração, os pecuaristas terão até o
dia 31 de julho para adquirir e providenciar a aplicação da vacina, e até o dia
02 de agosto para apresentar à autarquia o atestado de vacinação contra
brucelose, emitido por médico veterinário.
A prorrogação do prazo foi definida por causa da falta de
vacina contra a brucelose em todo o País. Mato Grosso possui 34,3 milhões de
bovinos e, segundo estimativa do Indea, aproximadamente quatro milhões desse
número são bezerras na idade determinada para a vacinação contra a brucelose.
Segundo o coordenador de Sanidade Animal do Indea, João
Marcelo Néspoli, a brucelose é uma doença perigosa e que traz prejuízos tanto
para a saúde animal e pública. Na vaca pode causar aborto do feto e retenção de
placenta depois do parto, e no touro pode ter uma inflamação nos testículos e
ficar estéril.
“Nos humanos, se uma pessoa tomar um leite cru de vaca com
brucelose ela pode adoecer. E quem lida diariamente com o animal está mais
exposto à doença pelo contato com secreções e restos de parto e aborto de vaca
doente, que tem grande quantidade de bactéria da brucelose”, relata o médico
veterinário do Indea.
O produtor rural do estado que não vacinar fica sujeito a multa de 1 Unidade Padrão Fiscal (UPF/MT) por animal, no valor de R$ 229,76. Para controlar essa doença, no Brasil, desde 2001, o criador de gado e de búfalo é obrigado a vacinar todas as fêmeas do rebanho entre três e oito meses de vida. Além de abater aqueles que estão comprovadamente doentes.