Neste Mês Missionário, toda a Igreja Católica é motivada a convidar a todos para a festa do Senhor. Com o tema “Ide e convidai a todos para o banquete” (cf. Mt 22, 9), o Papa Francisco quis apontar a ação missionária como “ida incansável rumo a toda a humanidade para a convidar ao encontro e à comunhão com Deus”. E uma forma sempre insistida na história da Igreja para cumprir esse mandato é a Missão Ad Gentes.

Em sua mensagem para este mês de outubro, o Papa garante que a Igreja “continuará a ultrapassar todo e qualquer limite, sair incessantemente sem se cansar nem desanimar perante dificuldades e obstáculos, a fim de cumprir fielmente a missão recebida do Senhor”.

 

 

Muitos dos que compreenderam e assumiram esse mandato missionário estão nos campos de missão. São os missionários que partiram de suas casas ao encontro dos outros para anunciar a Boa Nova. Esses missionários receberam o agradecimento do Papa por responderem ao chamamento de Cristo.

“Irmãs e irmãos muito amados, a vossa generosa dedicação é expressão tangível do compromisso da missão ad gentes que Jesus confiou aos seus discípulos: «Ide e fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28, 19). Por isso continuamos a rezar e a agradecer a Deus pelas novas e numerosas vocações missionárias para esta obra de evangelização até aos confins da terra”, afirmou o Papa.

Francisco também destacou que todo cristão batizado é chamado a tornar parte nesta missão universal “com o seu testemunho evangélico em cada ambiente”.

 

Missão em saída

No contexto do Mês Missionário, a assessora da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), irmã Eliane Costa Santana, das Irmãs de São José de Chambéry, ressalta que o convite “Ide chamar todos para o banquete” é justamente um convite à saída, assim como a missão ad gentes.

“Missão ad gentes é a missão em saída. Significa ir às nações, ir aos povos, ao encontro dos outros para anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo. Parte do apelo de olhar para fora, de dentro da sua casa e sentir se chamado a ir ao encontro de outra pessoa, de outra realidade, com outra cultura. Não para para colonizar, mas anunciar a todos que já fomos libertos em Jesus Cristo”, explicou.

Assim, continua a religiosa, “é importante que as pessoas percebam que chamar todos para o banquete é um convite de saída, é ir ao encontro, é fazer com que as pessoas se sintam incluídas, é ser aquele sinalzinho de amor que às vezes algumas nações estão precisando, principalmente nesse tempo de tanta intolerância, de tanto sofrimento”.

Irmã Eliane explica que os regionais da CNBB são convidados, assim como as Igrejas particulares e suas paróquias, a olhar outras igrejas e outras paróquias como pertencentes também a eles. “É a igreja local que sai ao encontro da Igreja do mundo. Por isso que o mês missionário tem esse forte apelo, essa abertura para nos fazer sentir melhor, sentir mais próximo desse novo desafio, que é o desafio do encontro”.

 

Prioridade do Programa Missionário Nacional

A missão ad gentes é uma das quatro prioridades do Programa Missionário Nacional aprovado em 2019. No documento que orienta a atuação das forças missionárias da Igreja no Brasil está estabelecido o objetivo de “‘despertar, em maior medida, a consciência da missio ad gentes‘ entendida como horizonte e paradigma de toda Ação Evangelizadora, na pastoral ordinária e no envio de missionários para outras regiões e nações”.

Três projetos foram definidos nessa prioridade, cada um com uma série de ações previstas e acompanhadas pela Comissão para a Ação Missionária: Cada Igreja particular, uma igreja irmã; cada regional, um projeto ad gentes para além fronteiras; e preparação e recepção dos missionários que partem e regressam.

Irmã Eliane contou que a Comissão está acompanhando a realização desses projetos que vão avançando “paulatinamente”. Em outra frente, a comissão tem trabalhado para tornar o projeto ad gentes conhecido, por meio de ações de comunicação e nas visitas aos regionais e paróquias.

 

Missões da CNBB

Tendo presente o mandato missionário, alguns dos Regionais da CNBB acumulam vários anos de serviço na África. O Regional Sul 3 completou 30 anos de missão em Moçambique.

 

Sul 3

Desde 1994, o Regional Sul 3 da CNBB, que compreende as dioceses do Rio Grande do Sul, está presente na arquidiocese de Nampula, em Moçambique. Por lá, já passaram 70 missionários, com a oferta de atendimento pastoral a duas paróquias, lar vocacional, escolinha e biblioteca comunitária. Atualmente estão três missionários no país e outro se prepara para seguir para a missão. Conheça mais sobre a Missão ad gentes do Regional Sul 3 da CNBB.

 

Sul 4

Também na arquidiocese de Nampula, em Moçambique, está presente um missionário do Regional Sul 4, em Santa Catarina. O padre Josemar Silva atua na paróquia São Paulo Apóstolo, desde fevereiro de 2024. Suas atividades contam com acompanhamento pastoral e organização social. Veja a partilha dele abaixo:

 

Sul 2

A Missão São Paulo VI, do Regional Sul 2 da CNBB, está presente em Guiné-Bissau desde 2014, na cidade de Quebo, diocese de Bafatá. Mais de 30 missionários, na maioria leigos, já passaram pela missão, atuando em três âmbitos: evangelização (trabalho pastoral, catequese, especialmente de primeiro anúncio); saúde (colaboração com o pequeno hospital da cidade e atendimentos na própria missão) e educação (Escola São Paulo VI, desde 2020, com turmas desde o jardim de infância até o 4º ano do ensino fundamental).

Atualmente, dois missionários estão na missão: o diácono Pedro Lang e sua esposa Salete Lang, da diocese de Ponta Grossa (PR). Eles estão lá desde maio deste ano, mas foram os pioneiros da missão, permanecendo por 4 anos (2014 a 2018). Saiba mais sobre a missão.

 

Confira alguns testemunhos de missionárias na Guiné Bissau:

 

 

 

 

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