A Folia de Reis, uma das celebrações mais tradicionais do Brasil, ganha vida todos os anos em diversas regiões do país. Originada na Península Ibérica e trazida ao Brasil pelos colonizadores, esta festividade mistura influências europeias, africanas e indígenas, criando uma manifestação cultural e religiosa única.

História e Significado

A Folia de Reis remonta ao século XVIII e celebra a visita dos Três Reis Magos ao Menino Jesus, evento comemorado no dia 6 de janeiro. A data marca o fim das festividades natalinas e é um momento de renovação espiritual para muitos brasileiros.

As Festividades

Os grupos de foliões, também conhecidos como "ternos de reis", percorrem as ruas de diversas cidades e vilarejos, levando música, dança e bênçãos às casas que visitam. Vestidos com trajes coloridos e utilizando instrumentos tradicionais como violas, sanfonas e pandeiros, os foliões encantam a população com suas apresentações.


Imagem Maré Notícias/Divulgação

O Papel da Música

A música é um dos elementos centrais da Folia de Reis. As canções, conhecidas como "cantorias de reis", são passadas de geração em geração e misturam elementos religiosos e folclóricos. Cada verso é cuidadosamente composto para refletir a história dos Reis Magos e pedir bênçãos aos anfitriões.

Exemplo de cantoria:

"Ô de casa, nobre gente, ouvi bem o que eu vos digo, que aqui veio anunciar a chegada do Divino."

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Aspecto Religioso

Para muitos, a Folia de Reis é mais do que uma festa; é um ato de fé. A celebração é repleta de simbolismos religiosos, desde os trajes dos foliões até os versos cantados. A Missa de Reis é um momento especial de oração e agradecimento.

Contemporaneidade e Preservação

Nos dias atuais, a Folia de Reis continua a ser uma celebração popular em Juína, fortalecendo os laços comunitários e preservando a cultura local. Em algumas regiões, concursos e festivais são organizados para premiar os melhores grupos de foliões, incentivando a participação e a qualidade das apresentações.

 

Fonte: Miguel Marques (TV Nazaré – Juína)

Imagem: CNBB/Divulgação