Nas últimas horas do dia (8) de janeiro de 2025, a Diocese de Juína sofreu uma perda com o falecimento de Dona Nilza Leonor Golo de Oliveira , uma mulher cuja vida foi marcada por sua dedicação ao serviço da Cáritas e ao cuidado com os mais necessitados e com os povos indígenas. Durante dezesseis anos, Dona Nilza foi uma presença constante e indispensável no trabalho social da Diocese, estendendo suas mãos e seu coração para aqueles que mais precisavam.
Seja no Oratório São Francisco no bairro Palmiteira - Juína, na Casa Mãe Gestante ou nas comunidades mais remotas, Dona Nilza atuou com amor, organização e compromisso. No Oratório, por exemplo, sua liderança permitiu a distribuição de mais de 20 mil refeições por ano, além de lanches, que não apenas saciavam a fome das crianças, mas também ofereciam acolhimento e carinho.
Uma Mulher de Fé e Serviço
Dona Nilza também foi peça-chave na distribuição de cestas básicas para famílias pobres e povos indígenas. A escala de sua generosidade era impressionante: em uma única ocasião, ela organizou a entrega de 800 cestas durante o período da pandemia (covid19) para comunidade indígena. Mas o que a tornava ainda mais especial era a constância de seu trabalho. Enquanto muitas ações sociais se concentram em datas específicas, como Natal ou Páscoa, Dona Nilza estava presente todos os dias, feriados, sábados e domingos, sempre pronta para ajudar.
Além disso, Dona Nilza era a referência em eventos diocesanos, como encontros pastorais e reuniões de padres. Sob sua supervisão, cuidava de cada detalhe para que nada faltasse, especialmente na organização da alimentação. Na Casa Mãe Gestante, responsável por oferecer mais de 4 mil diárias por ano, Dona Nilza garantia o bom funcionamento com sua dedicação e atenção.
Discrição e Dedicação
Apesar da magnitude de seu trabalho, Dona Nilza era uma pessoa discreta. Raramente aparecia diante de microfones ou câmeras. Preferia trabalhar nos bastidores, preparando cartas, histórias e fotografias para enviar aos padrinhos das crianças na Itália, conectando generosidade e gratidão entre continentes.
O bispo diocesano, Dom Neri José Tondello, destacou a importância de Dona Nilza para a missão da igreja. “Ela garantiu a assistência e o cuidado para os mais pobres, que é a opção da nossa igreja. Lá onde eu não conseguia chegar, ela chegava. Sua presença foi um reflexo do Evangelho: "Eu tive fome tu me deste de comer. Eu tive sede tu me deste de beber", afirmou o bispo, emocionado.
Um Legado de Amor e Gratidão
Dona Nilza deixa um legado de amor, fé e serviço. Sua vida é uma inspiração para todos que acreditam na transformação do mundo por meio da caridade. A Diocese de Juína expressa sua imensa gratidão por tudo o que ela fez e por tudo o que representou.
Agora, como bem disse Dom Neri, Dona Nilza é recebida na eternidade “na Morada Eterna”. Que sua memória continue a inspirar a todos que tiveram o privilégio de conhecer sua dedicação e generosidade.
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